O aparecimento repentino de abelhas em troncos de árvores e beiradas de casas é mais comum nessa época do ano do que se imagina. Isso acontece porque o outono é o momento em que o inseto busca abrigo para se estabelecer durante o inverno. A presença delas acaba assustando quem passa perto dos enxames, contudo, a orientação é unânime: diante de uma infestação de abelhas é preciso se afastar e procurar por ajuda de profissionais capacitados a acostumados a lidar com esse tipo de situação.
No mundo, existem mais de 20 mil espécies de abelhas, cada uma com um tamanho, cor, ciclo e comportamento diferente. No Brasil, mais de 1.500 espécies já foram encontradas. Dada a importância das abelhas para o meio ambiente, elas são legalmente protegidas. O seu extermínio é proibido por lei federal que protege a fauna e a flora incluindo as espécies de abelhas nativas e exóticas, prevendo multa e prisão para aquele que transportar ou matar abelhas.
As pequeninas também receberam uma homenagem da ONU (Organização das Nações Unidas) que criou o Dia Mundial das Abelhas, celebrado no dia 20 de maio.
Abelhas: fundamentais para nossa sobrevivência
Outra informação importante sobre as abelhas e que nem todo mundo sabe: elas são fundamentais para a economia e a ecologia, já que seu trabalho de polinização garante 1/3 da produção mundial de alimentos. É isso mesmo, a maioria das flores e frutos que nós consumimos dependem da polinização das abelhas, ou seja, com exceção de alimentos básicos como trigo e arroz que são polinizados pelo vento, todos os outros alimentos ricos em micronutrientes dependem das abelhas. Sem a polinização não apenas a nossa segurança alimentar, mas a garantia de ingestão de nutrientes estaria em risco.
Todo o processo de polinização acontece quando os grãos de pólen de uma flor se aderem ao corpo das abelhas durante o pouso e, ao passar de uma flor para outra, acontece a fecundação das plantas. Ao ser depositado, o grão de pólen se funde ao óvulo dando origem às sementes e frutos que comemos.
A polinização é realizada por abelhas de diferentes espécies. Estes insetos de valor inestimável contribuem para a conservação da diversidade vegetal, das florestas, dos biomas e indiretamente com a regulação do clima e nascentes. Também é importante destacar os produtos gerados a partir da produção das abelhas: mel, pólen, cera, própolis, geleia, apitoxina (veneno da espécie apis melífera, usada como medicamento), e a própria polinização. Aliás, a polinização é altamente utilizada na apicultura migratória que é bastante útil nos pomares de fruta, como citrus, ameixeiras, pessegueiros, entre outros.
Como afastar as abelhas?
Se por um lado esse pequeno inseto é essencial, de outro ele é altamente prejudicial para as pessoas que são alérgicas à sua picada. A quantidade de veneno injetada pode levar a sintomas como a diarreia, vômitos, dor de cabeça, febre, prostração, confusão mental e, inclusive, ao óbito.
Então, como afastar as abelhas, principalmente quando há colmeias na proximidade ou mesmo no imóvel, sem exterminá-las?
Solicitando ajuda de uma empresa profissional de controle de pragas urbanas. Essas empresas possuem profissionais experientes e capacitados para remover colmeias e transportá-las para outros lugares que sejam seguros para as pessoas e para as abelhas, sem riscos para todas as partes. Mas, para isso é preciso se certificar que a empresa tenha todos os alvarás de funcionamento e certificados que atestem e reconheçam que suas atividades seguem à risca a legislação ambiental.
Vale reforçar que além da lei federal que protege as abelhas, alguns estados possuem lei estadual que protegem as abelhas polinizadoras utilizadas na agricultura e/ou na recuperação de áreas degradadas e na manutenção de ecossistemas naturais. Ou seja, não vale arriscar: em caso de problemas com uma infestação de abelhas, procure ajuda profissional. Se proteja e proteja a natureza!
O que fazer para evitar a picada de abelha?
Caso você se depare com uma infestação de abelhas, o que fazer:
- Evite fazer barulho perto de enxames/colmeias;
- Mantenha-se o mais distante possível;
- Caso seja atacado, fuja em movimento zig zag, se estiver próximo a um rio ou lago, mergulhe;
- Independentemente do número de ferroadas, sempre procure ajuda médica;
- Chame uma empresa capacitada e licenciada para efetuar a remoção.