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Pragas urbanas: o que acontece com elas durante o inverno?

Quem tem pavor de baratas, ratos, aranhas e besouros, aguarda ansiosamente o inverno chegar para ter uma “folga” dessas criaturas e de outras pragas urbanas. Todavia, existe uma certa curiosidade, e porque não dizer expectativa, em saber o que acontece com esses parasitas nesse período. Há quem acredite que eles simplesmente desaparecem; e há quem afirme que todos morrem. Fato é que para a maioria das pessoas tanto faz o que acontece com eles, desde que não voltem mais. E justamente por não saberem o destino das pragas no inverno, as pessoas acreditam estarem “livres” desses intrusos e automaticamente baixam a guarda, deixando de tomar as medidas preventivas. Um erro clássico e, muitas vezes, com sérias consequências.

Mas, então, o que realmente acontece com as pragas urbanas durante o inverno?

De fato, nesse período vemos menos insetos e pequenos animais circulando. Isso acontece porque no frio o metabolismo das pragas urbanas diminui o ritmo para que elas consumam menos recursos e possam ficar escondidas em abrigos. Esse processo se chama diapausa, que é mais ou menos como a hibernação. A diferença é que a praga não passa o tempo todo dormindo, apenas permanece com atividade reduzida.

Ou seja, os insetos e demais pragas não morrem, tampouco desaparecem como num passe de mágica no frio, eles reduzem suas atividades sim, mas continuam presentes no abrigo esperando até que as temperaturas aumentem para que o seu metabolismo volte a funcionar no ritmo em que estão acostumados.

Descanso para recuperar o fôlego

E o problema mora justamente aí. Após o inverno vem a primavera, que é o período de reprodução das pragas, e com as energias revigoradas, as colônias atingem seu pico de atividade. Em outras palavras, isso significa que muitos filhotes estão a caminho.

E quando chega o verão, as pragas estão no auge, cheias de muita energia e com suas ninhadas multiplicadas e prontas para atacar.

Inverno é momento ideal para desinsetização

As pragas carregam fungos e bactérias em seu corpo e, por consequência, transmitem inúmeras doenças aos seres humanos e animais domésticos. Logo, elas são motivo de preocupação não apenas pelo seu aspecto repugnante, mas também pelos riscos que oferecem às pessoas, por isso é muito importante fazer o controle de pragas periodicamente. E o inverno é um momento ideal para eliminar possíveis focos de infestação e impedir a chegada de novas colônias nas próximas estações, caso contrário, a proliferação nos dias mais quentes pode ser muito pior.

E não vale tentar fazer o controle de pragas por conta própria e com produtos de mercado. Esse é um procedimento que deve ser executado apenas por profissionais que já são treinados para encontrar as áreas onde as pragas formaram ninhos, que muitas vezes estão escondidos e em lugares inimagináveis. Além disso, somente uma equipe profissional utilizará os produtos químicos que são, ao mesmo tempo, seguros e eficientes para combater os insetos e pequenos animais.

Também é importante lembrar que todos os procedimentos – desinsetização, desratização ou descupinização – têm vida útil limitada. A eficácia das substâncias dura em torno de três meses a um ano, podendo variar de acordo com o tamanho da área, nível de infestação e tipo de praga. Mas independentemente do serviço, é fundamental que seja realizado por profissionais.   

Os gestores de facilities devem ficar de olho no que a legislação determina sobre a desinsetização em alguns ambientes. Em condomínios, por exemplo, o procedimento deve ser realizado periodicamente para evitar uma infestação. Como essas regras variam de cidade para cidade, é válido checar o que diz a lei do seu estado e do seu munícipio.

Em algumas regiões, os responsáveis pelo condomínio podem ser processados por negligência. E mesmo que na sua cidade não exista uma obrigatoriedade sobre a frequência de desinsetização nos condomínios e/ou empresas, previna-se e proteja as pessoas que estão perto de você. Somente os serviços de controle de pragas garantirão que as pragas não se proliferem e causem dor de cabeça e prejuízos para o condomínio.

Fontes/Referências:

Risco das pragas não diminui no inverno – APRAG