Quando o assunto são gatos, não há meio termo: para alguns são irresistíveis; para outros eles não são confiáveis. A verdade é que esses felinos são animais que causam bastante curiosidade, inclusive na ciência. Muitos pesquisadores analisam o comportamento dos gatos para compreender os seus hábitos, preferências e a forma como socializam com os seres humanos. Isso porque, os gatos não são tão sociáveis quanto os cães. Há quem acredite que eles só aceitam a domesticação em troca de alimento.
Será verdade? Afinal, o que dizem os estudiosos sobre esse pet?
O convívio dos gatos com os humanos é muito mais recente do que o dos cachorros, por isso eles são mais ariscos e independentes, tendem a reverter à vida selvagem, pois está no sangue. Esta máxima explica por que os gatos abandonados sobrevivem com mais facilidade quando comparados aos pets criados em apartamento. Os felinos têm muito viva a lembrança da caça, a mesma que preservou a vida de seus antepassados.
Instinto selvagem
É esse instinto natural de caça que os fazem comer ratos. Ou seja, não é fome, mas a vontade genuína de perseguir uma presa. O instinto é tão forte que os fazem desenvolver técnicas e habilidades muito apuradas quando estão em busca de algum animal. E todas as etapas, desde a vigilância até o ataque são importantes no processo de caça e o que efetivamente agrada aos felinos.
O que acontece quando a caça é bem-sucedida?
É comum os gatos quererem exibir a conquista e andarem pela casa com o rato na boca e “oferecer” ao seu dono. Para eles, é uma forma de externar seu talento e carinho pelo tutor. O problema dessa cena nada agradável (especialmente se o gato realmente comer o rato morto) é que com isso o felino coloca a própria saúde em risco e a de todas as pessoas a sua volta. Isso porque os ratos podem transmitir doenças que causam sérios problemas ao homem e aos pets, podendo levar até ao óbito.
Uma prática perigosa
Uma das piores consequências dessa situação é a transmissão do vírus da raiva, que pode comprometer gravemente o sistema nervoso central. A doença é grave e com alto nível de letalidade. A raiva pode ser transmitida para o ser humano por meio da saliva de animais que estejam infectados.
A toxoplasmose é outra doença que pode ser transmitida pelos ratos. Em alguns casos, os infectados podem apresentar sintomas leves, como indisposição, mas a doença pode causar vários danos ao organismo e problemas neurológicos. Também é muito provável que ao ingerir um rato, vermes parasitas se instalem no organismo do gato, o que leva a contaminação automática de todo ambiente por meio das fezes.
Outra preocupação é o envenenamento. Se o seu gato caçar e comer um rato envenenando ou com muitas substâncias químicas, o seu pet poderá se contaminar também. Fique atento às mudanças de comportamento. E se porventura sua região estiver com um surto de ratos, redobre os cuidados com seu bichinho.
Mesmo sendo menos comum, a leptospirose também pode ser transmitida pelos ratos. Febre alta, dor de cabeça, sangramento, dor muscular, calafrios, olhos vermelhos e vômitos são alguns sintomas apresentados. Sem tratamento, a doença pode causar danos renais e hepáticos e até mesmo a morte.
Deixe os ratos com os profissionais
Diante de todas essas preocupações, o que fazer para evitar que seu gatinho se aventure e traga riscos para ele e para sua casa?
Procure ajuda profissional: se a sua região estiver com um surto, ou mesmo aparecer um ou outro rato na sua casa, contrate uma empresa profissional de controle de pragas. Não coloque você, seu gato e a sua casa em perigo. Mesmo sendo um instinto natural, o problema com ratos deve ser resolvido por profissionais experientes em desratização, que vão aplicar as técnicas corretas para eliminar estas pragas urbanas.
E para desenvolver as habilidades do seu gato de forma segura, procure orientação de um veterinário para adoção de exercícios e brincadeiras que possam contribuir para o bem-estar do felino.
Fontes/Referências:
O gato comeu rato? Saiba o que fazer nessa situação – Donna Mundo Pet