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Dedetização em hospitais e clínicas: protegendo a saúde dos pacientes e profissionais

Muitas pessoas acabam fazendo vista grossa para a desinsetização (ou dedetização, como é popularmente conhecida) em vários lugares. Preferem correr o risco de levar uma multa ou acham que podem resolver por conta própria. Porém, há um lugar no qual isso não pode ser negligenciado em hipótese alguma: o hospital. Qualquer local que lide com a saúde humana deve ter a desinsetização rigorosamente em dia e realizada por uma equipe profissional. Hoje você vai entender os motivos por trás disso.

Ambiente hospitalar deve ter higiene rigorosa

Dar de cara com uma barata em qualquer local já causa asco. Agora imagine encontrá-la em uma clínica, consultório ou ambiente hospitalar? Hospitais e clínicas recebem pessoas com a saúde fragilizada. Estão em tratamentos, realizaram cirurgias, estão doentes e, muitas vezes, com a imunidade baixa. Todo esse cenário acaba sendo uma porta de entrada maior para outras doenças e infecções. E se o ambiente estiver contaminado, esse risco passa a ser consideravelmente maior e as chances dos pacientes contraírem enfermidades ainda mais graves, terem seu estado de saúde piorado ou até falecerem, é multiplicado.

Se em um ambiente menos controlado, como uma casa, escritório ou condomínio, os inseticidas comuns (aqueles vendidos em supermercado de livre acesso ao público), já não dão conta do recado, imagine em um ambiente delicado como o hospitalar. Como dedetizar uma sala de cirurgia? E uma UTI? São espaços que contemplam infinitas especificidades, então soluções caseiras ou as famosas “gambiarras” devem passar longe – até porque existem leis e normas com relação a esses procedimentos.

Além disso, em muitos casos não é possível isolar o ambiente ou remover os pacientes para realizar a dedetização e hospitais são locais de alto fluxo de pessoas – pacientes, profissionais, prestadores de serviço, visitantes, dentre outros. Apenas uma equipe profissional saberá quais produtos podem ser utilizados, onde aplicar, a partir de qual técnica etc.

Sendo assim, a higiene do ambiente hospitalar deve ser rigorosa em termos de limpeza e desinfecção, mas não podemos deixar de lado a desinsetização!

Desinsetizar hospitais e clínicas é lei

Está nos artigos 3 e 5 da Lei 7806 de 12 de dezembro de 2017:

Art. 5º Os estabelecimentos citados no Art. 3º desta Lei serão obrigados a providenciar a realização dos serviços de desinsetização e desratização, conforme proposto pelas normas vigentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.

Art. 3º Esta Lei se aplica às empresas especializadas na prestação de serviço de controle de vetores e pragas urbanas, no diversos ambientes, tais como: indústrias em geral, instalações de produção, importação, exportação, manipulação, armazenagem, transporte, fracionamento, embalagem, distribuição, comercialização de alimentos, produtos farmacêuticos, produtos para saúde, perfumes, produtos para higiene e cosméticos para a saúde humana e animal, fornecedores de matéria-prima, áreas hospitalares, clínicas, clubes, “shopping centers”, residências e condomínios residenciais e comerciais, lojas, lanchonetes, bares, restaurantes veículos de transporte coletivo, táxis, aeronaves, embarcações, aeroportos, portos, instalações aduaneiras e portos secos, locais de entretenimento e órgãos públicos e privados, construção civil, instituições de ensino, entre outros.

Quais as pragas urbanas mais comuns em hospitais e clínicas?

Assim como qualquer outro ambiente, hospitais e clínicas estão sujeitos à invasão de qualquer praga urbana. Principalmente quando não são tomados os devidos cuidados.

Porém, algumas pragas são observadas com maior frequência em hospitais e clínicas:

  • Formigas: apesar de parecerem inofensivas, transmitem diversas doenças e podem causar a temida infecção hospitalar. Podem se instalar em equipamentos, causando até curto-circuito nos mesmos.
  • Moscas: em hospitais são muitos os atrativos para esse inseto – resíduos e materiais orgânicos, além do preparo de alimentos. Um simples pouso de uma mosca pode contaminar refeições, instrumentos e até feridas. Portanto, todo cuidado é pouco.
  • Percevejos: hospitais possuem muitos leitos, então é preciso estar atento às camas, roupas de cama, toalhas e demais têxteis. Percevejos se alastram rapidamente e são de difícil contenção.
  • Ratos: um ambiente hospitalar provê alimento, acesso e água para esses pequenos e grandes roedores. Portanto a desinsetização deve também incluir o serviço de desratização.
  • Baratas: sim, elas estão em todos os lugares, inclusive em hospitais. Também transmitem diversas doenças que podem agravar ou levar a óbito.

Portanto, cumpra a lei e não se esqueça: o controle de pragas urbanas em clínicas e hospitais ajuda a salvar vidas!

Fontes / Referências:

LEI Nº 7806 DE 12 DE DEZEMBRO DE 2017 – JusBrasil