Os nomes são os mais variados, dependendo da região do país em que são encontrados: aleluias, siriri, sarara, formigas aladas ou cupins. É, isso mesmo: aqueles bichinhos que ficam em revoada em torno das lâmpadas e que vão deixando várias asas pelo chão são cupins!
Estes insetos da ordem isóptera são sociais, como as formigas e as abelhas, ou seja, cada um tem a sua função específica dentro de uma comunidade muito bem organizada. Há os reprodutores (alados), os operários e os soldados.
Essas revoadas em torno das lâmpadas, muito comuns nos dias quentes e úmidos da primavera e do verão, são compostas por machos e fêmeas que deixam seus ninhos em busca de um acasalamento para dar início a uma nova colônia. Isso porque a colônia que habitam possivelmente já alcançou sua maturidade em termos de tamanho e população, processo que leva em torno de três a cinco anos. Aí é que têm início a produção dos cupins alados.
Geralmente essa revoada nupcial acontece ao entardecer quando acendemos as luzes dentro de casa, pois é exatamente isso o que buscam – luz – independente de ser natural ou artificial. A revoada em si não causa estragos, porém, esse cupim alado faz parte exatamente da família de cupins que destrói madeira, se alimentando de celulose. Então, fique atento!
Depois da revoada, que pode durar horas ou dias, as asas já não são mais necessárias e caem. Caso o cupim não tenha encontrado o seu par, as fêmeas irão liberar um hormônio para tentar atrair os machos. Fato é que após o tão esperado encontro, o casal irá procurar um abrigo para formar o seu novo lar. E é justamente aí que você não vai querer oferecer espaço para esse jovem casal: eles darão início à escavação do solo ou de alguma madeira para construir o seu novo e próprio cupinzeiro.
Esse abrigo pode ser um móvel com alguma brecha, uma fissura na parede ou no solo, por exemplo. Cada fecundação gera em torno de dois mil ovos, ou seja, é bastante rápida.
Como evitar que os cupins com asas invadam a sua casa
Importante mencionar que a maior parte dos seguros residenciais, por exemplo, não cobre danos causados por cupins. Portanto, é seu papel como proprietário ou morador ficar de olho nos sinais dessa invasão.
Confira a seguir algumas dicas que podem evitar essa dor de cabeça:
- Próximo do entardecer, momento em que saem para a revoada, feche portas e janelas e apague as luzes, se possível;
- Instale telas nas portas e janelas;
- Mantenha sua casa em bom estado de conservação e manutenção;
- Atenção a fissuras e rachaduras estruturais ou em móveis;
- Realize os tratamentos periódicos de dedetização;
- Observe rastros de poeira próximo aos móveis ou bolhas nos pisos de madeira, pois pequenos furos (inclusive em gesso) são sinais de que pode haver cupim por ali.
Procure sempre uma empresa especializada nesse tipo de serviço, pois a eliminação dos cupins deve ser total: caso contrário, um deles pode acabar se acasalando com outro indivíduo e dar continuidade à colônia.
A descupinização pode ser feita de algumas formas: via injetável, por pulverização, polvilhamento ou barreira química. Apenas um profissional expert no tema saberá como manusear os produtos de forma segura e qual técnica utilizar, após avaliação de cada caso específico.
Fontes / Referências:
De onde vem a revoada de cupins (aleluias)? – Diário de Biologia