A pandemia do coronavirus nos obrigou a reforçar os cuidados com higiene e limpeza em nossas residências. Apesar de não ser a maior forma de contaminação, entrar em contato com objetos ou superfícies contaminadas também é uma potencial fonte de transmissão do coronavirus. A principal recomendação ainda é o distanciamento social, porém, aderindo a alguns métodos de higienização podemos nos manter ainda mais seguros. E uma das principais dúvidas que têm surgido neste quesito é como realizar a correta diluição do hipoclorito para limpeza.
Sim, a diluição da água sanitária que compramos em supermercado é capaz de eliminar o vírus e ajuda a interromper sua disseminação. Mesmo diluída, ela tem um alto poder germicida. Sua diluição promove um maior rendimento do produto e é uma solução de baixo custo.
O vírus pode se espalhar pelas superfícies quando uma pessoa contaminada espirra ou tosse, espalhando até 3 mil gotículas. Para se ter uma ideia, confira o tempo de permanência do coronavirus em diferentes situações:
- Ar: até 3 horas;
- Cobre: até 4 horas;
- Papelão: até 24 horas;
- Plástico e metal: de 2 até 3 dias.
Então, para a desinfecção de pisos e demais superfícies, a água sanitária deve ser diluída em 0,5%. Já para a limpeza das mãos, deve ser utilizada na diluição de 0,05%, mas somente na ausência de água e sabão ou álcool gel. Confira algumas recomendações.
Recomendação para diluição de água sanitária para uso em superfícies e pisos
A concentração de hipoclorito de sódio na água sanitária que compramos nos supermercados geralmente é de 2% a 2,5%, mas a solução com concentração 0,1% a 0,5% apresentou resultados satisfatórios no uso doméstico.
Portanto, para chegar a esta concentração, basta diluir um copo de água sanitária para três copos de água filtrada. Lembre-se que é fundamental utilizar medidas iguais na diluição para obter a mistura correta.
Você pode utilizar esta solução em pisos, chaves, cadeados, maçanetas, mesas e bancadas, solas de sapatos, capacetes, superfícies de motos, carros e bicicletas e demais superfícies com uso e manipulação frequente.
Importante frisar alguns pontos:
- Faça a mistura em uma garrafa que não seja transparente: a luz pode reduzir o potencial de desinfecção da mistura.
- Um borrifador pode facilitar o uso e aplicação.
- Deixe a mistura agir na superfície por pelo menos 1 minuto.
- Não acrescente outros produtos à mistura, pois pode ocorrer uma reação química perigosa, inesperada e indesejada.
- Não use outros produtos nas superfícies após a aplicação da solução, pois eles podem reduzir sua eficácia.
- Para segurança, identifique a garrafa com uma etiqueta: água sanitária diluída.
- De preferência, utilize a mistura logo após o seu preparo.
- Sua aplicação pode causar manchas e, nas superfícies metálicas pode levar à oxidação.
- Mantenha o ambiente bem ventilado devido ao forte cheiro.
- Utilize luvas durante a aplicação.
Atenção: lembre-se que a água sanitária pode manchar roupas coloridas. Por isso, em roupas ou superfícies de tecido, a recomendação é utilizar água e sabão próprio para roupas/têxteis. Se possível, utilize água quente na lavagem. Já aparelhos eletrônicos podem ser higienizados com álcool 70%. Com estas recomendações, você pode manter sua residência ainda mais segura e longe do coronavirus.
Se você está preparando o seu negócio para uma possível reabertura, é recomendável a contratação de uma empresa especializada para sanitizar o ambiente. Além de licenciada pelos órgãos competentes, seus profissionais estarão treinados e aptos a utilizar produtos de boa procedência. De acordo com a Lei nº 8839, a sanitização deverá ser realizada em quaisquer locais fechados, de acesso coletivo, sejam eles públicos ou privados.
E claro, não se esqueça que lavar as mãos com frequência e manter o distanciamento social, pois essas ainda são as principais armas para ganharmos essa luta.
Fontes / Referências:
Recomendações prevenção SARS-CoV-2: limpeza de superfícies e objetos – Portal PEBMED
Orientação sobre uso de água sanitária no combate ao coronavírus – PfarmaCoronavírus: as dúvidas sobre quanto tempo o vírus Sars-Cov-2 sobrevive nas superfícies – UOL Viva bem
