Manutenção do elevador, jardim, portaria, elétrica, hidráulica, limpeza, piscina e salão de festas. Estas são apenas algumas das demandas de um condomínio. Cabe ao síndico e/ou gestor de facilities garantir que estas e as demais atribuições da edificação estejam caminhando perfeitamente. É claro que é impossível manter toda a “engrenagem” funcionando perfeitamente e, em alguns casos, é até permitido alguns deslizes. Mas há situações, por sua vez, nas quais erros não são tolerados, especialmente quando há riscos para a saúde das pessoas.
Limpeza da caixa d’água do condomínio
Exemplo disso é a limpeza da caixa d’água. Um erro no cronograma na limpeza ou na checagem rotineira da estrutura e as consequências podem ser irreversíveis, dentre elas podemos destacar as doenças transmitidas pela água contaminada: cólera (infecção que ocorre no intestino), hepatite A (doença no fígado altamente contagiosa), leptospirose: doença causada por uma bactéria presente na urina e fezes de ratos, giardíase (infecção no aparelho digestivo que causa dor abdominal).
É importante explicar que a água pode ser contaminada a qualquer tempo, ainda que tenha recebido o tratamento da companhia antes de chegar nos reservatórios do condomínio. Mas basta uma fissura na estrutura para que insetos e pequenos animais procurem abrigo na caixa e contaminem toda a água. Além disso, sujeiras e microrganismos presentes no reservatório também podem contaminar a água.
Parece bobo, mas vale lembrar que os moradores utilizam a água para tudo: cozinhar, hidratar, escovar os dentes, lavar as mãos, tomar banho, limpar a casa, lavar roupa e a louça etc. Ou seja, os riscos de uma contaminação geral são muito altos e se constatar que houve falha na manutenção da caixa d´água, o gestor de facilities pode, inclusive, sofrer um processo judicial.
Desinsetização no condomínio
A desinsetização é igualmente um serviço essencial em condomínios, porque protege de infestações de insetos e pequenos animais e, consequentemente, da transmissão de doenças a pessoas e animais de estimação. É muito comum o procedimento ser um serviço de cunho emergencial, ou seja, as pessoas realizam apenas quando há uma infestação. Apesar de ser a solução mais eficiente para eliminar o problema, em condomínios a recomendação é clara: a desinsetização deve ser preventiva para evitar o surgimento de pragas urbanas.
E quando se fala em pragas urbanas, é possível mencionar baratas, ratos, escorpiões, pombas, morcegos, cupins, pernilongos, entre muitas outras. Com a desinsetização preventiva é possível estabelecer técnicas que protejam a edificação de várias espécies, no entanto, quando já existe uma infestação, as técnicas e produtos são diferentes para realmente combater o problema.
Não existe uma lei federal que regulamente, ou defina, a periodicidade da desinsetização nos condomínios. Entretanto, existem leis estaduais e municipais que tratam desse assunto, logo, depende de cada estado e cada cidade. No Rio de Janeiro, por exemplo, a lei Estadual nº 7806/17 determina que os condomínios são obrigados a realizar o controle de pragas de acordo com as normas propostas pela Anvisa.
Sanitização no condomínio
Na pandemia a sanitização passou a fazer parte do protocolo de saúde na maioria dos lugares, inclusive condomínios. Muitos gestores de facilities incluíram o procedimento na rotina e já deram sinais de que vão manter o protocolo. Isso porque a sanitização é o processo de higienização realmente eficaz para eliminar bactérias e microrganismos como o Coronavírus. Além disso, é um serviço que pode ser realizado de acordo com a necessidade do cliente, ou seja, de acordo com o fluxo de pessoas que frequentam o local.
Busque auxílio profissional para manter o seu condomínio em dia
Além de todos os benefícios para a saúde dos condôminos, os três procedimentos acima podem ser realizados pela mesma empresa, o que facilita bastante para o gestor de facilities negociar o contrato e, ainda, estabelecer um cronograma de ação para garantir que a manutenção das caixas d’água e reservatórios seja realizada efetivamente e, no mínimo, duas vezes ao ano; assim como a desinsetização preventiva e a sanitização.
Então, fica a dica: antes de contratar uma empresa, certifique-se que ela utiliza todos os equipamentos de segurança individuais e coletivos necessários para os procedimentos; também se a empresa promove cursos de reciclagem e capacitação para sua equipe; e se utiliza os produtos químicos em acordo com a legislação.