O número de casos de dengue teve um aumento de 43,9% nos primeiros meses de 2022, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Apenas no primeiro trimestre, foram mais de 160 mil notificações de infectados.
A maior incidência de casos se deu na região Centro-Oeste, com 204 casos por 100 mil habitantes; seguida pela região Norte, com 97 casos/100 mil habitantes; Sul, com 49 casos/100 mil habitantes; Sudeste, com 47 casos/100 mil habitantes; e Nordeste, com 31 casos/100 mil habitantes.
Possíveis motivos para o aumento de casos de Dengue
O período chuvoso é um dos responsáveis pelo aumento de casos, juntamente com a decaída nas ações preventivas. De acordo com pesquisadores da Fiocruz, devido à pandemia de Covid-19, zoonoses como a Dengue, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, ficaram esquecidas.
Também houve aumento nos casos de Zika, com 11% a mais de casos em janeiro e fevereiro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2021. Já a Chikungunya registrou queda.
Todas as três doenças apresentam sintomas similares: febre, dor de cabeça e nas articulações e manchas vermelhas pelo corpo. Sintomas graves incluem vômitos persistentes, sangramento nas gengivas e dor abdominal intensa. Como os sintomas iniciais são muito similares entre essas doenças e também entre outras, como gripes e até a própria Covid, é preciso procurar um serviço de emergência para que seja feito o diagnóstico correto e aplicado o tratamento indicado. Não faça a automedicação.
Como prevenir a Dengue
Transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, a Dengue já é uma velha conhecida dos brasileiros. Porém, muitas vezes, ações básicas de combate ao mosquito ficam esquecidas, mesmo sendo altamente eficazes. Dentre elas:
- Esvazie pontos de água parada: vasos de plantas, pneus sem uso, recipientes destampados, garrafas, piscinas, caixas d’água descobertas, lajes etc;
- Cubra com tampas e capas locais de armazenamento de água;
- Utilize repelente (o mosquito pica principalmente durante o dia) à base de DEET ou Icaridina;
- Utilize mosquiteiros sobre as camas;
- Instale telas nas portas e janelas.
Além destes pontos, é importante também realizar a limpeza da caixa d’água periodicamente (no mínimo uma vez a cada seis meses) e a desinsetização.
Desinsetização e limpeza de caixa d’água no combate à Dengue
No caso da desinsetização, os profissionais inicialmente farão uma avaliação do local para identificar e entender os possíveis focos de infestação. Em seguida, irão utilizar os produtos mais adequados para o caso, que podem ser com a aplicação de larvicidas ou inseticidas.
Além disso, a prestadora de serviços de desinsetização pode identificar locais de reprodução do mosquito que os moradores não percebem ou não alcançam. Somado a isso, temos o fato de que os produtos utilizados por profissionais são de maior eficácia do que inseticidas caseiros.
Já a caixa d’água precisa ser avaliada por profissionais para ser limpa e vedada adequadamente. Uma simples fresta pode ser a porta de entrada ideal para o mosquito Aedes Aegypti se reproduzir. Contrate uma prestadora de serviços de qualidade e com boas referências. Geralmente as empresas de dedetização também realizam a limpeza de reservatórios e caixas d’água.
O mosquito da dengue não voa longas distâncias, por isso, um foco de infestação na sua casa ou no seu vizinho pode comprometer a sua saúde e da sua família. E os ovos podem demorar até um ano para eclodir. Sendo assim, tomar todas as ações preventivas para proteger sua casa ou condomínio, em todas as estações do ano, é fundamental.
Precisamos combater e eliminar o mosquito Aedes Aegypti, esta é a forma mais eficaz de prevenir a Dengue. Então, lembre-se: não deixe água parada em hipótese alguma!
Fontes / Referências:
Casos de dengue no Brasil crescem 43,9% em 2022, segundo Ministério da Saúde – CNN Brasil
Fiocruz alerta que doenças transmitidas por animais foram esquecidas na pandemia – CNN Brasil