A primavera chegou e os dias quentes e abafados dão sinais claros de que uma vez mais teremos um verão com temperaturas bastante elevadas e certamente muitos insetos. Isso porque a estação favorece o desenvolvimento de pragas urbanas, em especial, os siriris ou aleluias, aqueles bichinhos de luz que, como esse último apelido já diz, ficam sobrevoando em volta da luz e incomodam pelo barulho e sujeira que fazem.
Esses bichinhos aparentemente inofensivos são, na verdade, os reis e as rainhas de novas colônias de cupins. Ou seja, são o indício que uma infestação de pragas pode acontecer a qualquer momento.
Principais características dos bichinhos de luz
O ciclo dos bichinhos de luz começa na revoada, quando o ninho fica muito povoado, normalmente, depois de três ou cinco anos do começo do ninho. Os cupins alados (com asas) costumam sair juntos da colônia no final da tarde e são atraídos pela luz (raios ultravioletas que não são vistos a olho nu por nós). Encontram-se durante o voo e pousam juntos para o acasalamento e formação de um novo ninho. Assim que o macho fertiliza a fêmea, tornam-se rei e rainha de uma nova colônia e assim estão no centro do ciclo da vida, pois são responsáveis pela reprodução. A fêmea deposita seus ovos no ninho, que posteriormente se tornam larvas, que podem demorar entre 24 e 90 dias para nascer. Com as colônias formadas, os grupos são divididos entre os operários, que são responsáveis pela coleta dos alimentos e nutrição dos demais membros da colônia; e os soldados que têm a missão de proteger a colônia; além do rei e da rainha que apenas reproduzem.
Os cupins podem viver até 30 anos e colocar de 30 a 80 mil ovos em um único dia. O rei e a rainha ficam juntos por toda a vida e podem botar até três trilhões de ovos durante sua vida.
Das revoadas à reprodução dos bichinhos de luz
É normal as revoadas surgirem quando a temperatura aumenta, porque o calor diminui o tempo de vida alada, ou seja, eles perdem as asas (que já não têm mais utilidade) e vão procurar abrigo. Alguns dos seus lugares preferidos são rachaduras em paredes, buracos, móveis de madeira e árvores secas. Logo que encontram um local apropriado, começam a escavar o solo ou madeira para formar uma nova colônia. E quando uma colônia é formada, os cupins vão se alimentando silenciosamente de tudo o que contém celulose (madeira, papel, tecido etc.) até que tudo esteja comprometido.
Quando acontece uma revoada, é sinal de que há um cupinzeiro por perto, porque os cupins alados não têm costume de voar para longe dos seus ninhos. Outra pista de que essas pragas podem ter formado uma colônia por perto é a presença constante das suas asas em um determinado local. E com a formação de uma nova colônia, as chances de ter dois ou mais ninhos por perto são muito grandes!
Por isso, é importante ficar atento: uma infestação nunca é bom sinal e no caso dos cupins, os prejuízos financeiros podem ser muito significativos. Além disso, os resíduos de poeira que se acumulam ao redor dos ninhos podem causar reações alérgicas e até ataques de asma.
Como evitar a infestação dos bichinhos de luz
A única maneira realmente eficaz para evitar a entrada desta espécie de cupim no imóvel é por meio da desinsetização. O procedimento deve ser realizado ao menos duas vezes ao ano, sempre por uma empresa especializada e com as certificações em dia para garantir que os produtos químicos e as técnicas de aplicação sejam seguros. A desinsetização é um procedimento rápido, eficiente e pode ser aplicado em qualquer ambiente, desde que seja realizado por profissionais. E quando realizado de forma preventiva, ou seja, antes de uma infestação, assegura que o ambiente esteja livre da presença desses insetos.
Quando a infestação já é uma realidade, é fundamental contratar uma desinsetizadora o quanto antes para identificar a gravidade do problema e definir o quanto antes o método mais adequado de descupinização.
Outras ações como manter o ambiente higienizado, verificar buracos ou rachaduras em móveis e paredes e não acumular entulhos e/ou materiais de construção são essenciais para manter estas e outras pragas urbanas bem longe.
Fontes/Referências:
Presença de aleluias pode anteceder infestação de cupins – Terra
De onde vem a revoada de siriris? Eles se transformam mesmo em cupins? – Guia dos curiosos
