>

Um pouco mais sobre os ratos e desratização

Você já reparou que ao nos depararmos com um animal ou inseto que nos causa medo e repulsa, logo pensamos: de onde vem essa criatura horrorosa? Provavelmente você já deve ter se perguntado por que as baratas existem, qual a função dos cupins e, com os ratos, não deve ter sido diferente. Afinal, esses pequenos roedores causam pavor em muitas pessoas e podem nos trazer prejuízos e graves doenças.

Então, hoje vamos responder a algumas dessas perguntas!

Afinal, para enfrentar e vencer o inimigo é preciso conhecê-lo antes, certo? E como as infestações de ratos estão cada vez mais comuns nas áreas urbanas, vamos conferir algumas curiosidades sobre esta praga, descobrir como ela se comporta e, principalmente, como evitar sua presença.

Tamanho não é documento: principais características dos ratos

Esse ditado deve ter sido inspirado nos ratos! Apesar de pequenos, eles são muito espertos e rápidos, podem causar grandes estragos e espalham uma série de doenças. Os roedores têm muita facilidade de adaptação e, segundo historiadores, há pelo menos 10 mil anos tentamos eliminá-los das nossas culturas.

Os ratos são originários da Ásia Central. As grandes navegações, do século XIV, são as grandes responsáveis por esse “presente de grego”, já que foi a bordo de embarcações e caravelas que eles se espalharam por todo o mundo. Aliás, acredita-se que nessas viagens os roedores e suas pulgas foram os responsáveis pela transmissão da peste bubônica que dizimou milhares de europeus. Além dessa doença, muitas outras ainda são transmitidas pelos ratos, como a leptospirose, tifo, salmonelose, hantavirose, sarnas e micoses. Estima-se que os ratos sejam portadores de mais de 35 doenças transmissíveis aos homens e aos animais domésticos. Por isso, essa praga causa tanta preocupação.

Alguns ratos são pequenos, mas os estragos são grandes

Aliás, quem já foi mordido por um rato, sabe a dor que apenas um par de dentes é capaz de gerar. Os dentes incisivos dos roedores são com certeza a característica mais comum a todos. O que muita gente não sabe é que são de tamanho exagerado porque têm crescimento permanente (10 a 12 cm/ano). Em razão disso, os ratos têm necessidade de roer constantemente, seja para se alimentar ou simplesmente para gastar os dentes, caso contrário crescerão de tal forma que eles não poderão se alimentar.

A estrutura frontal dos incisivos é coberta por um esmalte que é gasto lentamente, por isso os dentes de roedores têm uma lâmina tão afiada. Esse esmalte é classificado em 5.5, a mesma dureza do alumínio, o que significa que eles podem roer, por exemplo, cimento na proporção de três por um: três de areia e um de cimento.

Principais espécies de ratos

Dentre as espécies de roedores, as mais comuns são os camundongos (Mus musculus). Animal que pesa cerca de 35g, come pouco, mas por ser curioso estraga móveis e objetos com muita facilidade ao tentar experimentá-los. Por serem muito pequenos, conseguem fazer ninhos em qualquer lugar, mas o seu abrigo preferido são móveis, despensas e armários de cozinha.

Outra espécie facilmente encontrada no perímetro urbano é a ratazana ou rato de esgoto (Rattus norvegicus). Pode chegar a quase 30 cm de comprimento e a pesar 600 g. Essa espécie é agressiva e forte, costuma cavar abrigos e túneis debaixo do solo, e pode nadar por 72 horas sem parar para migrar ou buscar alimentos.

Há, também, o rato de telhado (Rattus rattus), que se alimenta de frutas, legumes e cereais. Apesar de pertencer ao mesmo gênero das ratazanas, essa variedade tem um corpo pequeno e esguio, com cauda mais longa que seu comprimento. Além de escalar superfícies, tem as mesmas habilidades que as ratazanas.

Como funciona a desratização?

Comida, água e abrigo são os principais elementos que atraem os roedores. Embora a oferta não seja direta, acabamos permitindo que essas pragas tenham acesso a essas propriedades quando não tomamos cuidados simples, como armazenar os alimentos corretamente, não deixar espalhados restos de comida, higienizar o local e manter os lixos bem tampados.

Além disso, é fundamental manter a desratização em dia. E ainda mais importante é que o procedimento seja realizado por uma equipe profissional. A desratização é feita com o uso de soluções químicas e iscas de ação crônica que são espalhadas estrategicamente pelo ambiente para afetar toda a colônia de ratos, mesmo que o ninho tenha mais de uma espécie. Para que esse controle seja assertivo e duradouro, é preciso utilizar os produtos químicos na medida correta e de forma precisa, por isso a importância de prestadoras de serviço regulamentadas para a realização do trabalho.  

Vale lembrar que a desinsetização e desratização, de forma geral, não devem nunca ser feitas por pessoas sem capacitação ou habilidades necessárias para garantir o sucesso do procedimento e a segurança de todos.  

Fontes/Referências:

Origem das espécies de Ratos – Pragas e eventos

Rato, o pior amigo do homem – Super interessante