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Conheça os diferentes tipos de cupim

Você pode achar que cupim é tudo igual, mas está enganado. Existem diferentes tipos de cupim, com características peculiares, que influenciam no seu combate. Para se ter uma ideia, no mundo todo existem cerca de 2900 espécies de cupins, das quais 300 são encontradas em terras brasileiras.

Os cupins também são conhecidos por outros nomes: térmitas, siriris ou aleluias – estes dois últimos nomes se devem à sua fase alada, quando fazem a famosa revoada em torno das luzes, fenômeno referente ao ciclo reprodutivo da espécie. Mas de forma geral, os cupins são pequenos insetos que possuem de 3 a 25mm de comprimento, de coloração castanho-amarelada a castanho-escura.

Vivem em colônias com uma complexa estrutura de castas sociais, com indivíduos morfofisiologicamente diferentes, o que indica que são responsáveis por tarefas diferentes. Os operários e soldados são uma casta estéril, responsável por buscar alimento. Os soldados ficam encarregados da defesa da colônia. A casta fértil é composta pelo rei e pela rainha, que ficam com as funções reprodutivas.

Uma ideia que faz com que as pessoas pensem que cupim é tudo igual é porque eles se alimentam de madeira. Sim, este é um importante item de sua alimentação, seja madeira viva, morta, recém-abatida, decomposta ou envelhecida. Mas também faz parte de seu cardápio papel, gesso, tecidos de fibras naturais, fotografias, grama, plantas herbáceas, serrapilheira, fungos, fezes e carcaças de animais e húmus. Deu para perceber que eles têm uma dieta bastante variada, não é mesmo?

A alimentação dos cupins está diretamente ligada à sua importância no meio ambiente, já que são consumidores primários ou decompositores em nosso ecossistema. Os cupins são grandes recicladores de nutrientes com sua trituração e decomposição de diversos recursos.

Tipos de cupim

Vamos falar sobre três espécies de cupins, as que mais nos dão dor de cabeça.

Cupim subterrâneo

Suas colônias são altamente numerosas e construídas no solo ou subsolo. Apesar disso, também podem ser encontrados dentro das casas. Gostam de locais escuros e de alta umidade. São mais agressivos. Podem comprometer estruturas inteiras de alvenaria, incluindo prédios, sendo os responsáveis pelos maiores danos em todo o planeta.

Cupim de madeira

Como o próprio nome diz, o cupim de madeira constrói sua pequena colônia em um objeto de madeira, em formato de câmaras ou galerias. É muito comum de ser encontrado dentro das casas em móveis, batentes, portas e rodapés. Precisa de baixa umidade.

Cupim arborícola

Mais encontrado na natureza, em caatingas e matas, este cupim constrói a sua colônia no topo das árvores. Os cupinzeiros, por vezes, são tão pesados, que acabam ocasionando queda de parte da árvore. Porém, também adora um telhado, forro ou vigas, então não quer dizer que não podemos encontra-lo nas áreas urbanas.

Como combater os diferentes tipos de cupim em casa?

  • Realize inspeções regulares pela casa, telhado e forro, móveis, livros, documentos e fotografias. Procure por sinais de atividade dos cupins, como túneis de terra, asas dos siriris, resíduos de madeira e aquele pozinho próximo aos móveis, que são as fezes dos cupins.
  • Prefira madeiras de maior resistência aos cupins, entre elas: aroeira, ipê, sucupira, peroba, jacarandá, dentre outras.
  • Elimine pontos de umidade em toda a edificação, pois é um grande atrativo para os cupins.
  • Ao entardecer, principalmente nos meses de calor, feche as portas e janelas – instalar telas é uma boa pedida. Isso dificulta a entrada dos siriris durante a revoada do acasalamento.
  • Realize tratamentos preventivos – você não deve se preocupar apenas ao se deparar com uma infestação de cupins. Uma descupinizadora poderá também fazer uma inspeção e aplicar produtos de forma preventiva, para que não apareçam cupins. E caso encontre uma infestação ou indício da presença de cupins, contrate uma descupinização de emergência na mesma hora.

Fontes / Referências:

Recursos alimentares explorados pelos cupins (Insecta: Isoptera) – Scielo

Cupim – InfoEscola

Insetos bibliófagos – identificação, prevenção e controle – FioCruz