Estamos vivendo uma epidemia de Dengue no Brasil, e o período de chuvas faz com que o mosquito Aedes Aegipti encontre ambientes favoráveis à sua reprodução. Com isso, os casos da doença se intensificam. O Ministério da Saúde, através de seu monitoramento, já identificou um número de casos acima do esperado nas cinco regiões do país desde o início deste ano de 2024.
O que é a Dengue?
Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti que, contaminado com o arbovírus, transmite essas enfermidades pela picada – lembrando que esse mosquito pica durante o dia.
O período de incubação do vírus dura de 4 a 10 dias e os sintomas são: febre alta, dores de cabeça, dores musculares, prostração, mal-estar, dores abdominais, nas juntas e atrás dos olhos, sensibilidade à luz, coceira e vermelhidão no corpo. O quadro demanda repouso absoluto, ingestão de muita água e uma alimentação leve.
O paciente não pode tomar nenhuma medicação à base de ácido acetilsalicílico (como aspirina e AAS), nem anti-inflamatórios, pois sua ação anticoagulante pode provocar hemorragias. A dengue hemorrágica é um quadro mais delicado e grave da doença. Acrescidos aos sintomas já citados, há também a presença de febre acima de 40°, queda da pressão sanguínea e uma possível insuficiência renal. Sinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival e vaginal, e o rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas) são sinais de alarme.
Como acabar com o Aedes Aegypti?
A maneira mais eficiente de se combater o mosquito Aedes Aegypti é através da prevenção e de ações corretivas de desinsetização. É fundamental conscientizar a população de que é necessário eliminar qualquer foco de água parada, pois é ali que o mosquito se reproduz.
Vasilhames com água para animais devem ser lavados diariamente. Plantas precisam ser verificadas, pois acumulam água nos pratinhos. Também é importante verificar as calhas, pois podem acumular água se estiverem entupidas por folhas e outros detritos. Caixas d’água precisam estar devidamente tampadas.
O que pouco se fala é que, assim que descoberto um foco do Aedes Aegypti, deve-se realizar a desinsetização do local.
A dedetização com aplicação de inseticida, controle químico ou fumacê, tem o objetivo de eliminar mosquitos adultos e diminuir o risco de transmissão.
Porém, também é fundamental realizar o controle de larvas do Aedes Aegypti, com a aplicação de larvicidas, produto químico que as elimina.
Esses procedimentos devem ser realizados por uma dedetizadora profissional, que saberá quais produtos utilizar, em quais situações, e também lhe dará as orientações sobre como proceder antes, durante e após as aplicações. Por exemplo, existe a termonebulização, o atomizador elétrico, UBV e o nebulizador costal motorizado, ou seja, desinsetização não é tudo igual. E também não é aquele inseticida de supermercado que vai resolver o problema. Ele serve apenas para situações pontuais.
E lembre-se: mesmo com todas as ações citadas acima, use e abuse do repelente corporal: prevenção nunca é demais!
Combater o mosquito da Dengue é responsabilidade de todos nós!
Fontes / Referências:
Dengue – Portal Drauzio Varella
Aplicação de inseticida – Prefeitura de Porto Alegre
Surto, epidemia, pandemia e endemia – entenda qual é a diferença entre eles – UOL